Thursday, June 25, 2020

Marcas promovem a herança negra enquanto alguns compradores questionam a autenticidade


NOVA YORK / BANGALORE (Reuters) - A L'Oreal SA, Unilever e outras multinacionais que adquiriram marcas de cuidados pessoais fundadas por negros estão se movendo para tranquilizar seus principais clientes, alguns dos quais se comprometeram, após protestos por justiça racial, a direcionar seus gastos apenas para empresas em que os proprietários sejam negros.




A marca de beleza multicultural da L'Oreal, Carol's Daughter, fundada por uma mulher negra em sua cozinha do Brooklyn em 1993 e batizada com esse nome em homenagem a sua mãe, disse no dia 10 de junho que queria "esclarecer algumas coisas" quando publicou uma mensagem em sua página do Instagram.

"A Carol's Daughter é fundada e liderada por negros e ingressou na família de marcas L'Oreal em 2014", afirmou. A fundadora Lisa Price “ainda está ativamente envolvida em todos os aspectos do negócio; liderando o desenvolvimento de produtos e a visão criativa da marca”, afirma o comunicado.
Price é vice-presidente sênior e diretora criativa da Carol's Daughter, que faz parte da Divisão de Beleza Multicultural da L'Oreal USA e de seu Comitê Executivo.

Nesses últimos anos, empresas multinacionais adquiriram produtos voltados para os consumidores negros e comercializaram essas marcas como sendo autenticamente de negros, com fórmulas caseiras, ofertas personalizadas e marketing de bem-estar. Mas depois dos protestos que se seguiram à morte de um homem negro desarmado, George Floyd, em 25 de maio, muitos consumidores estão prometendo comprar mais mercadorias de empresas cujos donos sejam negros, como forma de aumentar a equidade racial. A SheaMoisture, uma empresa de cuidados pessoais fundada no Harlem por imigrantes liberianos em 1991, tornou-se parte da Unilever em 2017 depois que a multinacional anglo-holandesa Unilever comprou a Sundial Brands, uma empresa de beleza sediada em Nova York. Consumidores negros ameaçaram boicotar seus produtos em junho, citando sua propriedade corporativa.

No dia 9 de junho, Cara Sabin, CEO da Sundial Brands, que opera como uma unidade autônoma na Unilever, postou uma mensagem no Instagram para tranquilizá-los. "Sou uma CEO negra, no meio empresarial branco da América, liderando uma marca que existe para atender nossos consumidores negros", escreveu Sabin.

O poder de compra dos negros nos Estados Unidos deve subir para $ 1,5 trilhão até 2021, comparado aos $ 1,3 trilhão do ano passado, de acordo com um relatório da Nielsen, uma empresa de análise de dados que rastreia as compras dos consumidores. A comunidade negra representa 13,4% da população dos EUA e gasta mais em relação a outros grupos em produtos capilares e de beleza e fragrâncias femininas. Em 2017, por exemplo, os compradores negros representavam 85% do total de $ 63 milhões que a indústria americana gasta com produtos multiculturais de tratamento capilar.

O grupo também representou 22,4% e 21% dos gastos totais da indústria americana em fragrâncias e produtos de higiene feminina respectivamente naquele ano, mostrou o relatório.

As vendas de produtos capilares direcionados as multietnicidades aumentaram 50% em relação ao mesmo período do ano anterior, até 17 de maio, de acordo com a Strategic Solutions International, uma unidade da Nielsen. Empresas de tratamento capilar pertencentes a negros, representaram 14% da categoria, mas impulsionaram 20% desse crescimento nas lojas de varejo.
Mas alguns consumidores dizem que estão prestando mais atenção à posse de uma variedade de bens e serviços destinados aos negros, incluindo livrarias, restaurantes e farmácias. No site de angariação de fundos GoFundMe, existem quase 2.000 páginas criadas em apoio às empresas de proprietários negros, sendo a maioria delas criada nas últimas semanas.

“Estamos lidando com essas questões com os negros há quanto tempo, hein? Mas há algo sobre esse momento", disse Vivian Duker, advogada corporativa com sede em Baltimore. No início deste mês, ela se uniu a um amigo para lançar uma campanha no Change.org chamada "#VERIFYBLACK", que já conseguiu mais de 7.000 assinaturas. A petição busca que as plataformas de mídia social identifiquem de forma mais clara as empresas de proprietários negros.
Marcas como Carol's Daughter e SheaMoisture não se qualificariam como empresas de proprietários negros, disse ela à Reuters.

A Unilever e a L'Oreal não responderam aos pedidos para comentar.

Em 2018, a Procter & Gamble adquiriu a Walker & Co, empresa controladora da Bevel, uma linha de produtos de beleza para homens, e a Form Beauty, uma linha de tratamento capilar para mulheres - sendo as duas, principalmente, para pessoas de cor. A vice-presidente de marketing da Walker & Co, Tia Cummings, disse à Reuters que fazer parte da P&G ajudou a ampliar a disponibilidade de seus produtos, facilitando a busca e compra deles por homens e mulheres.
Dana Williams-Johnson, instrutora do Departamento de Marketing da Howard University School of Business, disse que as empresas "que ganham dinheiro com os consumidores negros deveriam ter uma liderança que refletisse os consumidores que compram suas marcas".

(Esta história rearquiva para remover o primeiro nome de Price no quatro parágrafo)
“Qual a diversidade dos conselhos dessas empresas? Quantos negros estão no topo com um lugar à mesa da sala de reuniões? O quanto todas essas marcas realmente valorizam o dólar do negro? Essas serão as perguntas que precisam ser respondidas a seguir”, acrescentou.

De acordo com a revista Black Enterprise, 187 das empresas do S&P 500 não tinham um único membro negro em seus conselhos em 2019.
A Cantu Beauty, empresa de tratamento capilar, enfrentou essas perguntas no Instagram este mês, com alguns compradores observando que ela foi vendida para a PDC Brands em 2015 e declarando que boicotariam a marca em favor de empresas de proprietários negros.

Assim, no dia 12 de junho, a empresa organizou um bate-papo ao vivo no Instagram "com as pessoas por trás da marca". "Quero abrir a cortina e deixar vocês verem exatamente o que está acontecendo nos bastidores", disse a vice-presidente mundial da Cantu Beauty, Dametria Mustin, durante a transmissão ao vivo.

A PDC Brands não respondeu aos pedidos para comentar. Synthea Hairston, 24, de Pittsburgh, Pensilvânia, chamou a Cantu de sua marca “número 1” por muitos anos. Mas ela se recusa a comprar os produtos da marca novamente.
"Agora minha consciência está me corroendo... Eu literalmente vou manter uma lista comigo o tempo todo para garantir que o que estou pegando seja de proprietários negros”.


Tradutor: Jaime Junior


Monday, September 16, 2019

Florida man who dragged shark in viral video sentenced to 10 days in jail

Florida man who recorded a shark being dragged to its death behind a high-speed boat accepted a plea deal on Thursday and was 9sentenced to 10 days in jail.
Um homem da Flórida que registrou um tubarão sendo arrastado até a morte por um barco de alta velocidade aceitou um acordo judicial na quinta-feira e foi condenado a 10 dias de prisão.

Saturday, September 14, 2019

Respostas de Billy Graham


Question:
I've just been diagnosed with an incurable disease that will leave me weaker and in more and more pain as the months go by. Can you give me any reason not to take my own life right now? Not only would it save me from all that suffering, but it would also spare my family. I don't want to be a burden to them.